17.4.13

HOMILIA DA PRIMEIRA COMUNHÃO

Neste dia da nossa primeira comunhão, não são necessárias muitas palavras, o ardor de nossos corações, a beleza desses rostinhos e a alegria deste encontro “tão especial” com Jesus, falam por si! Eu mesmo - para ser sincero - não me lembro de nenhuma palavra que o padre tenha dito, do dia da minha primeira comunhão. 


Lembro-me dos preparativos, dos ensaios, dos gestos, da roupa que usei, e do meu coração batendo acelerado! 

Mas, no centro das minhas belas e felizes recordações, encontra-se o pensamento de ter percebido que Jesus tinha entrado no meu coração, tinha-me visitado, precisamente a mim! E, com Jesus, o próprio Deus estava comigo! E de alguma forma eu sabia que isso valia mais do que tudo o que a vida poderia me dar! 

Lembro-me de ter ficado tomado de euforia, radiante, porque Jesus veio a mim. Eu recebia Jesus e Jesus recebia a Mim. 

Mal sabia eu que começava uma nova etapa da minha vida, - tinha apenas nove anos - e, a partir daí, não me lembro de ter ficado nem um domingo sem ir a este encontro, com Jesus na Comunhão. Na verdade tenho 40 anos e acredito que nunca, nunca, nunca aconteceu de eu ter ficado um domingo sem missa. Mérito exclusivo do amor dos meus Pais. 

Hoje olhando para traz posso dizer também que nunca me senti desamparado pro Deus, pelo contrário, sinto constantemente a sua presença amorosa em minha vida, sempre antecipando seu amor as minhas necessidades. 

E assim, essa alegria da Primeira Comunhão foi o princípio de um caminho percorrido de mãos dadas com Jesus. Espero que, para todos vocês, a Primeira Comunhão, seja também o princípio de uma amizade para toda a vida, com Jesus; o início de um caminhar juntos, porque, ao lado de Jesus, segue-se o bom caminho e a vida torna-se bela. 

Como já disse este dia nos marcarão mais os gestos do que as palavras! Aos discípulos de Jesus também gravaram mais os gestos que as palavras de Nosso Senhor. Gestos que eles descreveram e repetiram depois por toda a vida: Ele tomou o pão, pronunciou a bênção e deu graças, partiu o pão e deu-o aos discípulos, depois tomou o cálice com o vinho em suas mãos, agradece de olhos erguidos para o céu, e da aos seus discípulos. 

Estes gestos de Jesus, ao tomar o pão e o vinho, ao bendizer, ao partir e ao dar-Se, renovam-se em cada Missa. Na Eucaristia, sob a aparência de um pequeno pedaço de pão, é Ele mesmo que se dá e quer entrar no nosso coração. 

Queridos pais: Não queria sugerir às crianças o impossível! Peço que acompanhem seus filhos à Igreja, para participarem na Missa Dominical! Verão que isto não é tempo perdido; ao contrário, é o que mantém a família unida. Se Jesus está ausente da nossa vida, falta-nos um guia, falta-nos uma amizade essencial, falta-nos também a alegria, que é importante para a vida. Mas, se juntos, repito juntos participarem na Missa Dominical, o Domingo torna-se mais bonito, toda a semana se torna diferente! A Eucaristia é uma força de paz e de alegria. A vida em família torna-se mais cordial e adquire um alívio mais amplo, se Deus estiver presente! 

Queridos jovens catequizando, sei que, às vezes vossos pais estrão cansados com trabalho ou ocupados com tantas coisas que os impediram de acompanhá-los na Missa! Podereis, sempre, com o respeito e amor de um filho ou de uma filha, dizer aos vossos pais: Querida mamãe, querido papai, era importante para todos nós, mas para ti também, que nos encontrássemos com Jesus. Isso nos enriquecerá isso dará nova força à nossa vida cansada. Juntos, até poderemos conseguir um pouco de tempo, para encontrar esse encontro com Jesus. Talvez lá, onde mora a vovó, ou onde passamos o fim-de-semana, se possa encontrar uma missa para a nossa família. 

Numa palavra, eu diria, com um grande amor e respeito pelos pais: “Compreendam que isto não é só importante para mim padre, - não são só os catequistas que o dizem - isto é importante para todos. Vão a missa e a luz do Senhor brilhará para toda sua família”. 

Vamos pedir ao Senhor que a “marca” deste dia, desperte em todos o desejo profundo de viver na companhia de Jesus por toda a vida.