13.1.13

A FORÇA TRANSFORMADORA DA FÉ


Nosso amado Papa Bento XVI escreveu uma carta dirigida aos Católicos do Mundo todo intitulada Porta Fidei – nesta carta ele proclama um Ano Especial – O ANO DA FÉ, com 3 objetivos:

- Renovar o entusiasmo de crer em Jesus Cristo, único Salvador do mundo;

- Reavivar a alegria de seguir o caminho que Senhor nos indicou;

- Testemunhar de modo concreto a força transformadora da fé.

O Papa proclama Ano da Fé, na ocasião em que celebramos 50 anos da abertura Concílio Vaticano II. Esse Santo Concílio, momento de grande renovação para a Igreja, não foi uma renovação baseada meramente nas mudanças do mundo, pois isso seria perder o rumo e a direção, mas foi uma renovação que teve como meta levar a Igreja ao encontro com as sua fonte, sendo sempre mais fiel ao que recebemos de nosso fundador, Jesus Cristo filho eterno de Deus Pai.

A vontade do Papa é que esse Ano da fé seja um momento oportuno para voltar-nos mais para Deus, aprofundar nossa fé, testemunhar com maior coragem nossa fé e fortalecer nosso amor à Igreja.

O Papa nos lembrar da fundamental importância da Igreja para a vivência da fé. Eu pessoalmente duvido de quem diz que tem fé e não frequenta a Igreja. Duvido que essa fé não praticada em comunidade tenha a força de manter alguém de pé em meio as contrariedade da vida.

Tem pessoas que dizem: “eu tenho muita fé em Deus mais não vou à Igreja, eu rezo em casa”. Duvido dessa fé. Imagina que alguém dizer que ama o seu pai, mas nunca vai à casa dele. Será que ama mesmo esse pai?

Lembra o Papa, que a Igreja é nossa mestra. Que é na Igreja através da escuta da Palavra, dos Sacramentos e das obras de caridade, que iremos ter o nosso encontro pessoal com Jesus Cristo, Deus vivo e Verdadeiro.

E é precisamente esse encontro com o Cristo que renova a nossa vida. Porque, nos diz o Papa, ter fé no Senhor é uma mudança que compromete a vida, a totalidade do nosso ser: sentimento, inteligência, vontade e relacionamentos. A fé muda tudo em nós e muda tudo para nós. Como é diferente a vida de uma pessoa de fé e de uma pessoa sem fé! Tudo é mais difícil para quem não tem fé.

A fé é o acolhimento desta mensagem transformadora na nossa vida, o acolhimento da revelação de Deus, que nos faz conhecer quem Ele é, como age e quais são os seus desígnios para nós.

Nosso amado Papa nos lembra de que a fórmula essencial da fé, as verdades que são a luz para a nossa vida estão no Creio. E diz que temos necessidade que o Creio seja mais bem conhecido, compreendido e pregado.

Precisamos descobrir o vínculo entre as verdades do Creio e a nossa vida quotidiana, para que estas verdades sejam concretamente luz para o nosso viver, água que rega a aridez do nosso caminho, vida que vence a morte.

Não é por acaso que o Beato João Paulo II quis que o Catecismo da Igreja Católica, norma segura para o ensinamento da fé e fonte certa para uma catequese renovada, se inspirasse no Creio. Tratava-se de confirmar e conservar este núcleo das verdades da fé, comunicando-o numa linguagem mais simples aos homens e mulheres de nosso tempo.

É um dever da Igreja transmitir a fé, comunicar o Evangelho, a fim de que as verdades cristãs sejam luz das novas transformações culturais, e os cristãos se tornem capazes de explicar a razão da sua esperança.

Hoje, vivemos numa sociedade em que tudo é relativo, onde a vida é muitas vezes levada com superficialidade, sem ideais claros nem esperanças sólidas, com vínculos sociais e familiares provisórios. Sobretudo as novas gerações não se preocupam com a busca da verdade. Ao contrário, o relativismo leva a não ter pontos firmes, provocando, rupturas nos relacionamentos humanos, a vida é vivida com experiências que duram pouco, sem um assumir de responsabilidades.

Se o individualismo e o relativismo parecem dominar, não se pode pensar que nós permanecemos totalmente imunes a estes perigos.

Muitas vezes o cristão não conhece nem sequer o núcleo central da própria fé católica, presente no Creio, de modo a deixar espaço a um relativismo religioso, sem clareza sobre as verdades nas quais crê.

Hoje não estamos muito distantes do risco de construirmos cada um, uma religião personalizada, alerta o Papa, onde cada um cria uma religião ao seu bel prazer, uma religião que está longe de ser verdadeira.

Que este ano da Fé nos ajude a voltar para Deus, redescobrindo a cada dia a mensagem sempre nova do Evangelho, fazendo com que ele penetre de modo mais profundo nossa vida quotidiana.

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