28.11.12

JESUS É REI?

Jesus é Rei? Como pode ser Rei, num mundo paganizado, num mundo pós-cristão, num mundo que esqueceu Deus, num mundo que ridiculariza a Igreja por pregar o Evangelho e suas exigências? Jesus não mais é rei nas famílias, Jesus não mais é rei nas nossas escolas, Jesus não mais é rei nos nossos ambientes de trabalho, não mais é rei nas nossas leis nem dos nossos legisladores e governantes... Hoje reina o paganismo, hoje reina o relativismo, hoje reina a banalização do que é sagrado. Pelo menos do Deus e Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo o mundo não quer saber... Como, então, Jesus pode ser Rei de um mundo que não aceita ser o seu reinado? 

Mas nós homens e mulheres de fé, diferente do que faz o mundo, o proclamamos Rei: Rei de nossas vidas, Rei da história, Rei do universo. 

O mundo não entende o reinado de Jesus, porque Ele não é um Rei prepotente ao estilo dos reis do mundo, mas é um rei que nos ama, Rei porque se fez um de nós, Rei que por nós sofreu, morreu e ressuscitou. Rei porque nos dá a vida. Com efeito, o reinado de Cristo não tem as características dos reinados do mundo. 

(1) Ele é Rei não porque se distancia de nós, mas precisamente porque se fez solidário conosco em tudo menos no pecado. Ele experimentou nossas pobrezas e limitações; ele caminhou pelas nossas estradas, derramou o nosso suor, angustiou-se com nossas angústias e experimentou tantos dos nossos medos. Ele morreu como nós, de morte humana, tão igual à nossa. Ele reina pela solidariedade. 

(2) Ele é Rei porque nos serviu: “O Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida em resgate por muitos” (Mc. 10,45). Serviu com toda a sua existência, serviu dando sempre e em tudo a vida por nós, por amor de nós. Ele reina pelo amor. 

(3) Ele é Rei porque tudo aparecerá na sua verdade: “Quem é da verdade, ouve a minha voz”. É nele que o mundo será julgado. A televisão, os modismos, os sabichões de plantão podem dizer o que quiserem, ensinarem a verdade que lhes forem conveniente... mas, ao final, somente o que passar pelo teste de cruz do Senhor resistirá. O resto, é resto: não passa de palha. Ele reina pela verdade. 

(4) Ele é Rei porque é o único que pode garantir nossa vida; pode fazer-nos felizes agora e pode nos dar a vitória sobre a morte por toda a eternidade: “Jesus Cristo é o primeiro a ressuscitar dentre os mortos, o soberano dos reis da terra”. Ele reina pela vida. 

Sim, Jesus é Rei, ele nos diz: “Eu sou Rei! Para isto nasci, para isto vim ao mundo!” Mas seu Reino nada tem a ver com os reinos humanos – de direita ou de esquerda! Nunca nos esqueçamos que aquele que entrou em Jerusalém como Rei, veio num burrinho, símbolo de mansidão e serviço. Como coroa teve os espinhos; como cetro, uma cana; como manto, um farrapo escarlate; como trono, a cruz. Se quisermos compreender a realeza de Cristo, é necessário não esquecer que o critério da realeza de Cristo é a cruz! 

Hoje, vemos a paganização do mundo, e perguntamos: onde está a realeza do Cristo? – Onde sempre esteve: na cruz. 

Um Reino que vem do mundo do amor e da misericórdia de Deus. E, no entanto, o Reino está no mundo: “Cumpriu-se o tempo; o Reino de Deus está próximo”; O Reino que Jesus trouxe deve expandir-se no mundo! Onde ele está? Onde estiverem o amor, a verdade, a piedade, a justiça, a solidariedade, a paz. O Reino do Cristo deve penetrar a economia, as relações comerciais, os mercados financeiros, as relações entre pessoas e povos, nossa vida afetiva, nossa moral pessoal e comunitária. 

Celebrar Jesus Cristo Rei do Universo é proclamar diante do mundo que somente Cristo é o sentido último de tudo e de todos, que somente Cristo é definitivo e absoluto. 

Compreendem, caríssimos? O Reinado de Cristo não se impõe pela força, não se mede com a medida do mundo, não obedece aos nossos critérios! Cristo é Rei sim; é Senhor de todas as coisas, sim; haverá de nos julgar, sim: mas os seus modos, os seus tempos, os seus critérios não são os nossos! 

O seu Reino já está presente no mundo. Este se manifesta nas coisas humildes e pequenas, a começar pela nossa vida. O Reino de Cristo deve aparecer sobretudo na vida da Igreja e na vida dos cristãos. Ali, onde o amor de Cristo é acolhido com doçura e bondade; ali, onde reina o amor e a caridade; ali onde o serviço e o perdão estão presentes; ali, onde se reza e se busca realmente levar a própria cruz com Cristo. 

A ele a glória pelos séculos dos séculos. Amém.

MINHA LISTA DE NATAL







12.11.12

ANIMAÇÃO MISSIONÁRIA

OBJETIVO: A Igreja da Arquidiocese de Porto Alegre com os seus Vicariatos, inserida na mentalidade urbana, quer organizar a Animação Missionária à luz da V Conferência de Aparecida e das urgências das DGAE, formando a consciência missionária de cada batizado, para que a evangelização possa ser permanente e assumida por todos, possibilitando a reestruturação de todos os movimentos, pastorais e serviços colocando-os em estado permanente de missão. 

• Trata-se de suscitar em cada batizado e em cada forma de organização eclesial, uma forte consciência missionária (DGAE, n.31). 

• A atual consciência missionária interpela o discípulo missionário a “sair ao encontro das pessoas, das famílias, das comunidades e dos povos” (DGAE, n. 31). 

• Neste redescobrir missionário (DGAE n.33) surge a urgência de pensar estruturas pastorais que favoreçam a realização da atual consciência missionária, esta deve impregnar todas as estruturas eclesiais e todos os planos pastorais.” (DGAE n.34). 

• Não se trata apenas de um curso de formação para um grupo missionário específico da paróquia. A ação missionária, porque constitui o ser da Igreja, tem por característica a transversalidade da vida paroquial. 

• É fundamental considerar as decisões do documento de Aparecida: a conversão pessoal e pastoral que exigirá uma reorganização eclesial para a missão. 

• “Organizar a missão e formar discípulos missionários, passando de uma pastoral de mera conservação para uma pastoral decididamente missionária.” (DAp. n.370 e diretrizes DGAE n. 35). 

• Pastoral missionária significa “dar a tudo que se faz um sentido missionário” (DGAE n. 35). 

• Criar uma Igreja missionária e paróquias missionárias é nosso desafio. 

• A ação pastoral expressa sempre uma visão de Igreja e do mundo. 

• Temos consciência que a Igreja como Instituição perdeu força de influência determinante na “sociedade moderna”, caracterizada pelo individualismo, autonomia, materialismo e consumismo, pluralismo religioso, onde existe a “religião sem Igreja”, simplesmente na esfera privada, uma religião que oferece respostas e soluções imediatas e rápidas. 

A ESTRUTURA DA ANIMAÇÃO MISSIONÁRIA NA ARQUIDIOCESE DE POA 

ü Conselho Missionário Arquidiocesano - COMIDI 

ü Conselho Missionário do Vicariato 

ü Conselho Missionário por Área Pastoral 

• Metas para 2012: 

1. Preparar agentes pastorais. Para serem multiplicadores na formação missionária dos leigos e pregadores de encontros e retiros missionários para cada Vicariato, segundo as orientações de Aparecida e da DGAE, para atender a demanda e incentivar um Novo Ardor Missionário na Igreja. 

2. Constituir os conselhos missionários em cada nível (Arquidiocese, Vicariatos, Áreas Pastorais e Paróquias). Com o objetivo de motivar, articular, organizar, escolher a doutrina, metodologia e estratégias, para a formação dos leigos e às ações missionárias, animados e apoiados pela a Palavra de Deus. 

COMIPA - Conselho Missionário Paroquial 

É de suma importância que haja um Conselho que se: Reúna; Reze; Discuta; Reflita; Planeje; Trabalhe; Avalie. 

O COMIPA é o grupo que em comunhão com o Pároco pensa e organiza as ações e motivações para a paróquia. Este vai envolver a comunidade para ser missionária. 

O COMIPA (Conselho Missionário Paroquial) é um instrumento precioso, sendo de certa forma como o braço direito do padre no desenvolvimento da dimensão missionária da fé em nossas comunidades. 

A presença do COMIPA em uma paróquia não significa uma atividade a mais, pelo contrário, torna-se uma preciosa ajuda para o padre em sua missão evangelizadora. 

A Estrutura do COMIPA: O Pároco - o coordenador (a) - Secretário (a) tesoureiro (a) e outros membros representantes das pastorais que o grupo achar que deve participar. 

8.11.12

ESCUTE O SILÊNCIO

Quando queremos entrar em contacto com Deus nosso decibelímetro para o som do mundo e suas ilusões, deve se abrir para ouvir o som do silêncio que é onde a nossa mente ausculta e transmite ao coração mensagens sonoras no silencio astral. 

Quando estamos a sós nos isolando de todo o barulho, a nossa mente viaja e no silencio que estamos proporcionando existe a grande oportunidade de se comunicar com o Altíssimo. 

O silencio pronuncia sílabas de paz, de veneração e de acolhimento aos desígnios do Senhor da messe. Se estamos isolados a beira de um rio pescando ou apenas apreciando a natureza o silencio existe apenas quebrado pelo suave barulho das águas. O silencio é a manifestação da paz que todos almejamos, a alma se alegra quando estamos em silencio. Até os órgãos de nosso corpo principalmente os vitais se contagiam com nosso silencio. É ele que nos eleva até os píncaros mais elevados nos abrindo a oportunidade que num mudo monólogo se comunicar com o criador de tudo que existe. 

E ele, o silencio pode ser encontrado, sentido até nos campos de batalhas entre bombas e os ruídos da morte. Quando queremos somos o silencio, criamos o silencio que nos proporciona livre acesso aos poderes do Alto no afã de dialogar com Deus. A mudez de nossa oração encontra ressonância no silencio que nos arranca até lágrimas na certeza de que Deus nos ouviu e nos responde através do silencio.